Aí, Você é Vítima ou Protagonista da Sua História?

Aí, Você é Vítima ou Protagonista da Sua História?

Aí, Você é Vítima ou Protagonista da Sua História?

Assumir o protagonismo da própria história é mais do que expressar para o outro. É algo genuíno, uma força que só quem sente é capaz de perceber.

Essa pergunta é importante quando a pessoa coloca que o outro é culpado pelo que ela sente, pelo que aconteceu com ela. De como a sua vida está, porque não foi promovida, se a carreira está estagnada e muito mais.

Essas falas escuto em várias ocasiões e situações, sejam pessoas que estão em cargo de liderança, de quem almeja chegar lá, de filhos para pais, de pais para filhos, ou seja, em várias interações.

A vítima é aquela que tem o hábito de terceirizar tudo que acontece ou aconteceu com ela ao outro. Assim se isenta da responsabilidade do que sente. Isso porque é muito mais fácil culpar alguém do que assumir a sua própria vida e na maioria das vezes foi dessa forma que aprendeu.

Na liderança podemos observar aquelas pessoas em que a empresa disponibiliza treinamento, workshops, vivências; o líder não atende, ou então se atende, se mantém na passividade e depois coloca a responsabilidade do resultado negativo do treinamento em cima do outro. Mas aí você pergunta, qual era a sua parte que você não fez? O que muitas pessoas líderes não querem? Esperança, do verbo esperar, ou seja, esperar cair no colo.

Para uma mudança de comportamento efetivo acontecer a pessoa precisa assumir sua vida e assim buscar o engajamento e comprometimento pelo seu desenvolvimento pessoal e/ou profissional. Isso porque não existe fórmula mágica em nenhuma situação e somente a própria pessoa pode fazer acontecer e mudar.

A autorresponsabilidade é o único caminho para sair da inércia. Na CNV dizemos que é sair dos próprios erros e dos erros dos outros para necessidades não atendidas. Quando a pessoa se torna protagonista da sua própria história, ela busca ter a clareza das suas necessidades, identificar as estratégias para atender suas necessidades. E, quando se tem essa clareza, poderá então abrir um espaço e ter a clareza das necessidades do outro.

Somente a própria pessoa pode planejar e executar a mudança. Para isso vai requerer força de vontade, disciplina, persistência, motivação, estar aberta para desaprender para aprender novos caminhos. Determinação, objetivo, coragem, foco, organização, ressignificar crenças rígidas e ter muito claro que é ela quem muda e não o outro.

A mudança inicia quando os defeitos e qualidades são incluídas dentro de si mesmo e abre espaço para o processo de mudança. Enquanto a pessoa procurar esconder os defeitos, mais perto eles estarão e ficará difícil a integração entre o Ego e o Self.

Outro aspecto importante para se tornar protagonista é buscar uma motivação interna para a mudança, em que é chamada de motivação intrínseca, ou seja, de dentro para fora, é quando a pessoa se torna “ownership” traduzindo, tem senso de dono. É quando existe um valor interno importante para a mudança. Para acontecer será importante responder algumas perguntas:

  1. Como você se identifica com o objetivo de mudança, ele é seu ou você que tem?
  2. Você sente entusiasmo e energia quando pensa na mudança ou vem sentimento de culpa ou vergonha se não conseguir?
  3. Quando pensa na mudança, está alinhado aos seus valores e propósito de vida ou vem o pensamento, tenho que?
  4. Quando você pensa na mudança é algo que tem de fato tudo a ver com você ou vem obrigação?
  5. E qual necessidade sua esse objetivo atende, de realização ou de obrigação?

Dependendo das suas respostas você poderá perceber se a motivação é intrínseca ou extrínseca. A intrínseca é uma motivação de dentro para fora e a extrínseca é de fora para dentro, sendo esta última difícil de ser concretizada. Na maioria das vezes se para no meio do caminho.

Assumir o protagonismo da própria história é mais do que expressar para o outro. É algo genuíno e que vem dentro com uma força que somente quem sente é capaz de perceber.

Quem assume o protagonismo da sua história, jamais responsabiliza ou culpa alguém pelo que lhe acontece. Mas sim busca nos seus erros, aprendizados para fazer diferente da próxima vez.

Para finalizar existe uma história que gosto de contar em meus treinamentos em que o moral da história é:

“Que na maioria das vezes procuramos a fonte, ou a solução de um problema fora de nós mesmos. Culpamos o mundo, sem antes procurarmos dentro da gente o que está acontecendo”.

Fazemos isso na vida pessoal, assim como no trabalho. Quantas vezes nos pegamos culpando a economia, os clientes, a empresa, os colegas pelos nossos fracassos, ao invés de procurarmos dentro de nós mesmos o que causou a falha?

Nada podemos fazer para mudar a economia, o mercado, os clientes, os colegas ou a empresa. Mas podemos sim decidir o que fazer com as ferramentas que temos nas mãos, para consertar a situação, apesar dos fatos externos. Isso é cultivar a resiliência. A resiliência é a capacidade de pensar de forma estratégica na busca de soluções positivas diante do estresse ou da adversidade. Mesmo quando não temos controle sobre os eventos.

Fica a reflexão!

Gostou do artigo? Quer saber mais se você é vítima ou protagonista da sua história? Então entre em contato comigo. Terei o maior prazer em responder.

Abraço,

Wania Moraes
http://www.waniamoraes.com.br/

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